Num tempo sombrio, a terra de Zebulom e Naftali era desprezada. Porém, em meio ao sofrimento e angústia, não havia lugar para a escuridão. A luz divina brilhou nas terras desprezadas, tornando-as gloriosas. Além do Jordão, o mar de Galileia das nações brilhava com uma nova esperança.
O povo que antes caminhava na escuridão agora via uma grande luz, uma luz que brilhava sobre a terra da sombra da morte. Havia alegria no rosto de todo o povo, uma alegria que se multiplicava e crescia. Celebravam alegremente tal como homens que se alegram ao partilhar o seu despojo.
O jugo do opressor foi quebrado, assim como aconteceu nos dias de Mídia. Todo traje ensanguentado e toda a armadura dos soldados foram queimados, alimentando o fogo divino. No meio de tudo isso, para a humanidade um filho nasceu, um menino foi dado; o governo estava sobre seu ombro. Seu nome? Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Este filho, este rei, iria governar com justiça e retidão sobre o trono de Davi. A sua governação e a sua paz não teriam fim. O zelo do Senhor dos Exércitos garantiu isso.
No entanto, nem todos aceitaram a mensagem divina. Havia orgulho e teimosia em Efraim e Samaria. Quando as pedras caíram, eles construíram com pedra talhada. Quando os sicômoros foram derrubados, em seus lugares plantaram cedros.
Por causa disso, o Senhor permitiu que os adversários de Rezim e inimigos de Israel atacassem. Os sírios à frente, os filisteus atrás; devoraram Israel sem piedade. Ainda assim, a ira de Deus não se desviou, mas a sua mão continuou estendida.
O povo que não se voltou para Deus, apesar de suas provações, sofreria ainda mais. A cabeça e o rabo, a palmeira e o junco, seria tudo cortado em um único dia. Os líderes que induziram o povo ao erro, aqueles que são levados por eles, encontrariam a destruição.
A ira de Deus não se desviou deles. A maldade queimava como fogo, devorava espinheiros e urtigas, incendiava os bosques, transformando-os em colunas de fumaça. Nenhum homem poupava seu irmão; volúpia ao ponto de devorar a própria carne.
Manassés contra Efraim, Efraim contra Manassés, e juntos contra Judá. Ainda assim, a ira de Deus não se desviou, mas a sua mão continuou estendida. A história de um Deus misericordioso, um povo rebelde, e a busca incansável pela redenção continúa… através das eras.